Pega Essa Dica – Na Teia da Aranha
Na Teia da Aranha longa dirigido por Kim Jee-Woon, conta sobre uma fase difícil do diretor Kim, depois de todo o sucesso de seu filme de estreia ele começa a receber críticas de ser apenas um diretor de dramas trash, ele acaba de finalizar seu novo longa mas começa a ter sonhos que o convencem a regravar com um final alternativo, segundo ele essas novas cenas vão tornar seu filme uma obra prima, mas pra isso Kim vai precisar lutar muito para novos dias de gravações, o novo script não passa pela censura da Coreia dos anos de 1970 e ainda por cima deixa o elenco completamente confuso, durante tudo isso ele vai enlouquecendo mas ainda seguindo seu objetivo.

A história principal desse filme é focado nos bastidores não sabemos qual era o final anterior como também não sabemos a história base do suspense, temos alguns detalhes da história durante as filmagens como por exemplo armadilhas na floresta, perseguições com faca, humilhação dentro da mesma família, tudo isso parece muito desconectado parecem histórias bem distintas, mas nosso cineasta fictício acredita muito nele, ele vende sua obra como anticomunista, dizendo aos produtores que nessa nova versão a protagonista se torna uma figura feminista, mesmo ele dando toda essa explicação durante as filmagens ainda não entendemos nada.
A parte mais interessante do filme são as cenas de comédia, temos diversos problemas como filmagem às pressas, cenas não autorizados, roteiro mal compreendido por todos no set ou seja tem tudo para dar errado e de fato em alguns momentos dá mesmo é feito de uma forma cômica algumas vezes chegando no absurdo podemos chamar de comédia pastelão, dentro do set temos tramas novelescas como gravidez secreta, mulheres se estapeando fogo do nada é muita coisa em um lugar só, vamos do humor dentro do set ao terror do filme que acompanhamos as gravações isso tudo vem sem muita regra.
Tudo nesse filme é muito aleatório, trazendo força e fraqueza para narrativa, temos o lado da liberdade criativa onde tudo pode acontecer por outro lado não temos contexto de nada nem mesmo dos personagens sabemos muita coisa, estamos parecendo os atores perdidos no set, não conseguimos entender as motivações do diretor de refilmar esse filme, chega a um ponto que só fica chato de assistir já que ficamos perdidos constantemente.
Nosso protagonista é o diretor que começa a perder todo o controle criativo, aqui temos uma carta de amor ao cinema ao mesmo tempo que críticas aos estúdios esse detalhe é o que faz esse filme valer a pena, pela forma caricata que escolhem contar essa história.
Ficamos curiosos pela história principalmente pela estética apresentada, mas às vezes é um pouco frustrante não ter resposta alguma, se levarmos esse filme como uma grande sátira ele funciona bem, mas se for pra tentar entender algo aí não vai ser uma boa experiência.

