Pega Essa Crítica do Filme -Robin Hood A Origem

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Robin Hood A Origem é um filme da distribuidora Paris Filmes e o longa-metragem dirigido por Otto Bathurst constrói uma narrativa muitas vezes previsível e repleta de melodramas para justificar a lenda original já conhecida por boa parte do publico. Como já era de se esperar demora muito tempo ambientando cada um dos personagens e inicia a trama com um narrador (com uma voz maravilhosa para esse tipo de história) que enfatiza que contará uma história diferente da que estamos acostumados e que esta não seria um conto de ninar. Porém é exatamente o que ocorre. Ouvimos a história que já conhecemos com algumas diferenças de linguagem e inclusive com ambientação de figurinos mais modernos do que a época em que se passa e que se torna algo que seria perfeito para a as crianças assistirem na Sessão da tarde.

Com diálogos extremamente clichés inclusive os que ocorrem entre o casal Robin e Maryan e figurinos ousados que descaracterizam o tempo em que este conto se passa Taron Egerton vive uma versão de Robin Hood de jaqueta de couro matelassê mas que continua sendo alguém que rouba dos ricos para dar aos pobres. Como na história original tem John (interpretado por Jamie Foxx) como seu maior aliado posteriormente a época das cruzadas onde eram inimigos. Juntos eles elaboram plano para impedir que o Xerife de Nottingham (Bem Mendelsohn) assole o povo à miséria, pois este cobrava impostos demasiados, enviava homens e jovens das famílias para a guerra desnecessariamente.

Quem pensa que Robin encontra-se nessa missão por pura generosidade se engana. Ele tem um ódio mortal do Xerife que o enviou para a guerra, o deu como morto e fez com que Hood tivesse o amor de sua vida Maryan (interpretada por Eve Hewson) perdido pois nesse meio tempo em que foi divulgada sua morte, ela se casou com Will (Jamie Dornan)uma espécie de líder sindical da região onde vivem. Maryan é uma mulher que luta socialmente por seu povo e acredita que conseguirá impedir o Xerife de continuar abusando do povo, então por isso Robin tem nisso sua principal motivação.

Em termos de produção, podemos notar que não passou perto a preocupação em obedecer as características históricas em que se passa a lenda, na época das grandes cruzadas, pois tanto o figurino quanto diálogos e equipamentos bélicos demonstram a ilegitimidade. Então temos assim um herói urbano lutando por seu grande amor ambientando uma história medieval em aspectos modernos. Esteticamente um filme bonito, com cenas de ação interessantes, porém com planos fechados demais em determinados momentos, principalmente na invasão noturna, demosntra que foi utilizado chroma-key. Esses detalhes não incomodariam se os diálogos fossem mais robustos, porem incessantemente foram usadas expressões e frases de efeito que misturadas com os entreolhares dos personagens tangenciavam momentos clichés.

Talvez seja essa a grande beleza de Robin Hood – A Origem e o que não deixou duvida é que o elenco redime o filme de seus muitos erros. Taron Egerton como personagem principal que protagoniza o titulo do filme foi uma excelente pedida. O ator mesmo com os diálogos pobres entrega boa performance o colocando novamente na posição de querido dos blockbusters atuais e filmes de ação mais assistidos da nova geração. Jamie Foxx e ele tornam-se uma excelente dupla e este, assume liderança e entrega-se ao papel de maneira a demonstrar que sabe exatamente do que se trata esse longa-metragem e faz o suficiente para participar da sequencia, que alias o final deixa claro uma continuidade.

Ben Mendelsohn poderia se dedicar ao seu personagem de olhos fechados e pés nas costas por estar acostumado com grandes vilões e entrega um excelente Xerife de Nottingham com perfil autoritário e ditador e seria um dos pontos positivos dessa obra. Deixo com todos estes comentário o aviso de que este filme é para ser visto em família provavelmente em uma sessão de domingo para relaxar, levando-o assim, como um bom entretenimento para ser assistido de maneira irônica e talvez com perfil infanto-juvenil.

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