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Pega Essa Dica – Vermelho Monet

Vermelho Monet, longa-metragem dramático, parceria Brasil e Portugal, coproduzido pela ATC Entretenimentos e Glaz Entretenimento, com produção executiva da Ukbar Filmes e apoio Globo Filmes, distribuído pela Pandora Filmes, estreia, oficialmente, nos cinemas, a partir de 09 de maio de 2024, com classificação etária 14 anos, tendo sido rodado no ano de 2022 e exibido, anteriormente, em 15 festivais realizados entre o território nacional e o resto do mundo, vencendo mais de dez prêmios, sendo quatro somente na segunda edição do Festival de Cinema de Vassouras no estado do Rio de Janeiro (troféus Grão de Ouro de Melhor Som em Longa-Metragem de Ficção, Melhor Fotografia em Longa-Metragem, Melhor Direção de Arte em Longa-Metragem de Ficção, Melhor Figurino em Longa-Metragem de Ficção).

A direção ficou nas mãos do brasileiro, Halder Gomez, que também assina o roteiro. Cearense nascido em Fortaleza, mas criado no sertão, na cidade de Senador Pompeu, é cineasta, produtor, diretor, roteirista, ator e artista plástico. Sua trajetória é curiosa, pois é formado em Administração de Empresas no Brasil e, nos anos noventa, mudou para Los Angeles (EUA) para trabalhar no cinema como dublê de lutas (é mestre em taekwondo). Pouco tempo depois, passou a fazer roteiros e logo, começou a dirigir curtas-metragens. O sucesso do curta “O Astista contra o Caba do Mal (2004) o credenciou como diretor de longas, tais quais, As Mães de Chico Xavier (2011), Cine Holliúdy (2012) e O Shaolin do Sertão (2016).

O título do filme, Vermelho Monet, é uma alusão aos vermelhos dos entardeceres impressionistas do pintor Claude Monet. É a primeira parte de uma trilogia, na qual o próximo título será Azul Vermeer.

Em seus 135 minutos de duração, acompanharemos Johannes Van Almeida (Chico Diaz) um exímio pintor de figuras femininas, talentosíssimo, mas sem reconhecimento na comunidade artística. Sua habilidade em produzir falsificações é única, criando obras com base nas características de qualquer pintor famoso. Recém-saído da prisão, agora sofre de acromatopsia, uma deterioração da visão que faz seu mundo ausente de cores. Sua vida é igualmente em tons de preto e branco: sua esposa, Adele (Gracinda Nave), está aprisionada no próprio corpo. A marchand e connoisseur de arte, Antoinette Lefèvre (Maria Fernanda Cândido) se aproveitava dos talentos de Johannes para vender pinturas falsas como se fossem obras-primas recentemente descobertas. Quando sua última venda para Laurent (Matamba Joaquim) não ocorre como planejado, ela precisa com urgência de uma pintura nova e original que somente Johannes é capaz de realizar. Para incentivá-lo, proporciona-lhe a inspiração que faltava: Florence Lizz (Samantha Heck Müller), uma bela ruiva e atriz brasileira que foi escolhida como protagonista em um filme português no qual está se sentindo insegura para o papel. A paixão pela arte ressuscita conforme os tons rubros começam a se tornar presentes, pois, Florence irá resgatar em Johannes, o sentimento que este viveu com Adele na juventude. Assim começa uma conexão em busca da criação da pintura perfeita, o que fará o mundo das artes nunca mais ser o mesmo!

No geral, o filme tem mais pontos positivos do que negativos. Entre os negativos, uma duração ostensiva que poderia ter sido reduzida sem impactar a obra, e a atuação de Samantha Müller que é uma excelente modelo, mas ainda engatinha como atriz. Quanto aos positivos, o elenco em performances acima da média; a direção de fotografia da carioca Carina Sanginitto que engrandece as cenas com uma força visual quase apelativa; a trilha sonora de Herlon Robson Braz que ajuda e muito a expressar os sentimentos não ditos; As legendas utilizadas durante todo o longa para auxiliar o público, uma vez que outros idiomas são falados além do português brasileiro. Vale a pena ser assistido!

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