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Pega Essa Crítica do Filme Guerra Fria – California Filmes

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Guerra Fria é um filme que tem como pano de fundo essa revolução que teve seu início em meados dos anos 40. Após a extinção da antiga União Soviética houve um grande período de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre Estados Unidos e União Soviética disputando a hegemonia política econômica e militar mundial. Com o fim da Segunda Guerra Mundial o contraste entre o capitalismo e o Socialismo era predominante entre politica, ideologia e sistemas de governo e militar. Esta discrepância é retratada no longa-metragem através das grandes diferenças e discussões existentes entre os personagens principais da trama que se envolvem emocionalmente e seguem constantemente na luta para conseguir fazer o amor resistir a tudo isso.

 Romeu e Julieta uma trama dramática super conhecida de Shakespeare traz a história de dois amantes completamente apaixonados um pelo outro e que lutam contra sua família que não é favor do relacionamento, contra diferenças sociais e objeções a esse amor. Em Guerra Fria pode-se ver o retrato de uma sociedade que passa por um período politico conturbado, ditatorial e que simplesmente acaba por mudar o rumo da vida de diversas pessoas. Stalin está no poder e seus seguidores querem impor censuras a todos os tipos de comunicação inclusive o teatro, a música e a informação das rádios locais. Considerados opositores ao regime, quem ouvia a radio Liberty, quem acreditava em Deus, ou até mesmo cultivava costumes locais era repreendido e a sociedade vivia entre medos e conflitos.

O filme do diretor Pawel PawliKowski tem como pano de fundo a década de 50 na Polônia e como o nome já diz, onde a Guerra Fria permeava os países arredores. Dois amigos se juntam para por em pratica um sonho: formar um time de jovens para balé típico local e um coral com os melhores talentos que eles buscaram pela cidade, nos vilarejos. Um homem, pianista, professor de canto chamado Wiktor (Tomasz Kot) e uma mulher, professora de balé chamada Irena (Agata Kulesza) unem-se para abrir em um casarão local uma escola de musica e dança e percorrem a cidade em busca de talentos.

Mas o que Romeu e Julieta poderia servir de comparação com este filme? Há uma aluna da escola, que se destaca bastante entre os demais, por sua voz doce e diferenciada que canta com a alma e rouba o coração do professor com seu encanto e charme. “a garota da franja” como ele a chama, se destaca na multidão.

O filme inicia mostrando vários closes de pessoas das comunidades da região cantando nas ruas, tocando instrumentos  típicos e apresentando danças regionais. Em nuances em preto e branco e alguns acinzentados esse filme foi produzido completamente para retratar a época em questão. Essa audição é feita na cidade e muitas pessoas se apresentam para concorrer as vagas. Alguns se destacam mais que outros e estes são os escolhidos para formar parte do ballet. O professor de piano, Wiktor se apaixona perdidamente pela aluna e eles se vivem uma mistura de paixão juvenil e imatura , louca e envolvente e um amor impossível pelas diferenças sociais, politicas e de origem distintas entre os dois. Zula, a garota de origem pobre interpretada por Joanna Kulig se vê entregue aos braços de seu professor de musica Wiktor Warski aparentemente um burguês que é contra o regime em que seu pais se encontra.

O Consul da região (Adam Woronowicz) resolve patrocinar a companhia de Balé e o coral desde que sejam cantadas musicas regionais folclóricas misturadas com cânticos favoraveis a Stalin e ao regime atual. Ele representa o anti-heroi, o vilão da história que tenta roubar a mocinha dos braços do protagonista da história. Eles se veem obrigados a seguir com os ensaios pois essa figura imponente os encurrala de maneira a não poder negar a proposta. O Consul então inicia sua investigação sobre o tal professor usando como isca a garota da franja pela qual ele se apaixonou e este então decide fugir do pais pois sim, já era evidente sua oposição ao regime. Em Paris se envolve em vida boemia e alguns anos passam até reencontrar seu grande amor. Nessas idas e vindas constantes que a trama demonstra eles sempre deixaram acesa a chama da paixão e quando se reencontram parece como se nunca tivessem se separado. Ela segue sua vida e sua carreira e ele a dele. Quando se reencontram ele demonstra não conseguir administrar paixão e carreira e se torna um tanto quanto decadente. Em certos momentos podemos entender essas idas e voltas como um roteiro arrastado mas esta é a intenção do autor pois nessa visualização consegue transpassar o sentimento desse amor distorcido que eles vivem.

Com takes de cenas muito bem elaborados onde a fotografia fica com um jogo de luz e sombra sobre os palcos e apresentações dos artistas de maneira a ter enquadramentos perfeitos e retratos completos dessa arte folk. As cenas gravadas entre os dois amantes tem uma proximidade de câmera que faz com que sentimentalize todo o contexto mais uma vez fazendo com que o espectador possa adentrar ao drama vivido pelos dois. Uma obra que deixa certas perguntas no ar que somente são respondidas na ultima cena. A trilha original, os sons ambientes, a mixagem de som e a trilha sonora escolhida retratam a época e seguem todo o sentimentalismo dos conflitos vividos entre os personagens. O amor que nunca morre com a passagem do tempo desperta no espectador o interesse em saber se os dois amantes realmente conseguirão ficar juntos no final, mesmo em meio a tantas adversidades, inclusive de temperamentos, não é a toda que comparei o filme a história Sheakesperiana de Romeu e Julieta, assistindo, vocês entenderão o porque.
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