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Pega Essa: Testamos o Project xCloud, o Streaming de Games do Xbox

E ai pessoal, pega essa!

Hoje vamos trazer a nossa opinião sobre o novo serviço da Microsoft previsto para chegar ao Brasil no ano que vem, o Project xCloud! O projeto, já presente em outros 22 países no qual foi implantado com sucesso, é um serviço de streaming para jogos compatíveis com os consoles Xbox One, X Box Series X/S e Windows 10.

A ideia é a de oferecer uma proposta muito discutida atualmente, a de jogos como serviço e não como mercadorias vendidas como itens únicos. E aí, será que estamos diante de uma tendência?

A primeira vez que ouvi falar sobre o projeto, bateu em mim uma certa descrença. Afinal, como um celular, sem as capacidades gráficas de um PC bombado de placas de vídeo ou um console parrudão conseguiria rodar jogos das últimas gerações sem travar a cada frame?

Eis que então instalei o meu preview no meu Samsung A51, um celular intermediário mas com boa capacidade de memória e uma tela de 6,5’’, ideal para uma jogatina confortável. Importante ressaltar que fiz os testes usando Wi-fi conectado a uma rede 5 GHz, conforme as recomendações da plataforma. Minha Internet é de 200 MB, com fibra ótica da Vivo.

O teste

Para começar o teste, baixei o aplicativo, coloquei meus dados do convite e logo abriu a interface do aplicativo, com uma biblioteca de jogos muito interessante, contendo Gears 5, Tekken 7, Devil May Cry 5, Code Vein, entre vários outros.

Para começar, optei por um jogo que gosto muito e aparentemente não é muito pesado comparado aos outros do catálogo, o belíssimo Ori and the will of the wisps, uma aventura em plataforma no melhor estilo Metroidvania, desenvolvido pela Moon Studios e publicado pelo xBox Game Studio. Ele rodou lindamente! Não houve, durante o tempo que joguei, nenhum problema de latência, queda de frames ou travamentos. As cores estavam vibrantes e não senti nenhuma diferença em relação ao console. Ponto para o xCloud!

Partindo daí, resolvi arriscar um jogo que aparentemente exigiria mais da capacidade de processamento do programa, pois foi um dos jogos mais bonitos da geração a qual pertenceu, quando saiu em 2017. Trata-se do macabro Hellblade: Senua’s Sacrifice, uma aventura de ação no melhor estilo dark fantasy, onde uma protagonista que sofre de transtornos mentais parte para uma jornada em direção à terra dos mortos inspirada por culturas nórdicas.

Confesso que foi aqui que fiquei absolutamente impressionado. Sendo um jogo com um gráfico bem detalhado, texturas, luzes e partículas por todo o canto, mesmo alguma queda de performance já seria esperada, até no console, o que não ocorreu em nenhum momento! Honestamente falando, o jogo rodou muito mais liso do que eu esperava, com controles responsivos, sem quedas de performance e a qualidade do som (usando fone de ouvido) com uma clareza absoluta. O combate se mostrou extremamente satisfatório, consegui virar a câmera sem ver texturas caindo e fiquei feliz da vida curtindo aquele ambiente tenebroso.

A partir daí, realizei testes com jogos de luta (Tekken 7 e WWE 2K20) e também não encontrei nenhum problema de performance. Yakuza 0, HITMAN e Just Cause 4 foram outros aos quais dediquei uns minutinhos e aparentemente tudo OK com esses games. Peguei também o Resident 7 e o Ark: Survival Evolved para testar jogos em primeira pessoa e  fiquei bem satisfeito.

Fechei minha experiência com Code Vein, o famoso Souls-Like estilo anime, pois fiquei curioso em ver como a ação frenética e os gráficos cell-shading apareceriam no celular e, novamente, rodou certinho.

Com o passar do tempo, se a plataforma vingar aqui no Brasil, espera-se que vários jogos do Game Pass estejam disponíveis.

Vale a pena?

Antes de dar o veredito, é importante ressaltar que joguei em boas condições de funcionamento da plataforma. Você não precisa de um celular super moderno, (um Android 6.0 Marshmallow ou posterior já dá conta do recado) pois os jogos são processados na nuvem sem a necessidade de um hardware. A internet precisa ser uma conexão de banda larga com no mínimo 25 Mb/s. Vale lembrar que fiz também testes com o Wifi 2,4 Ghz e nos dados móveis e o resultado ficou um pouco prejudicado, então os 5 Ghz que mencionei antes é o ideal.

Uma coisa que talvez tenha ajudado também é o fato de eu morar no Estado de São Paulo, onde há um Data Center da Microsoft, mas não posso garantir com 100% de certeza que isso é um fator relevante.

Ah, vale lembrar também que não existe a opção para Iphone, pelo menos na data em que escrevo esse texto.

Dito isso, minha avaliação final é extremamente positiva! O streaming funcionou muito bem e parece ser uma ótima alternativa tanto para as pessoas que já estão acostumadas com o ecossistema do Xbox bem como para novos usuários. Para quem não pretende comprar um console ou fica muto tempo fora de casa, parece ideal. Ah, e já tem testes rolando para PCs também!

O serviço ganha mais pontos ainda quando vemos a quantidade de desenvolvedores se juntando à iniciativa, o que pode ser um diferencial competitivo em relação ao Google Stadia, o serviço de cloud gaming do Google e possivelmente o principal concorrente do serviço.

Após os períodos de teste, o serviço estará disponível nos planos de assinatura do Xbox Game Pass.

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One thought on “Pega Essa: Testamos o Project xCloud, o Streaming de Games do Xbox

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