Pega Essa Dica – Abigail

“Abigail” é um filme que busca explorar o gênero de terror através de uma trama que, infelizmente, não traz muitas novidades. A história de um grupo de criminosos que sequestra uma bailarina de doze anos, filha de um poderoso homem do submundo, acaba se perdendo em clichês e momentos arrastados que podem confundir o espectador sobre a proposta do filme. Em diversos momentos, a trama parece mais próxima de uma comédia do que de um terror genuíno, o que pode desviar a atenção do público que busca uma experiência mais

assustadora.

Apesar dos pontos negativos em relação à originalidade da trama e à confusão de gêneros, “Abigail” se destaca pelas boas interpretações do elenco. Os atores conseguem transmitir a tensão e o medo necessários para sustentar a atmosfera de terror proposta pelo filme, contribuindo para a imersão do espectador na história. As performances convincentes dos protagonistas ajudam a manter o interesse do público mesmo diante das falhas narrativas. Elogios também são necessários para o designer de produção, as camadas e maquiagem repleta de muito exagero quando se pensa em um filme violento com muito sangue e algumas mutilações de corpos, portanto uma dica: vá assistir se realmente tiver estomago para tal. As referências estéticas de Abigail segue para filmes como: Zumbilândia, Jogos Mortais e até mesmo o clássico O Massacre da Serra Elétrica.

Outro ponto positivo de “Abigail” é a trilha sonora intensa que complementa a experiência cinematográfica. A escolha de utilizar o tema principal de O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky, para acompanhar as aparições da vampira mirim traz uma camada extra de tensão e dramaticidade às cenas, elevando o impacto emocional do filme. A música contribui para criar uma atmosfera sinistra e envolvente, aumentando o suspense mas nada muito exagerado nem inovador.

No entanto, mesmo com as interpretações sólidas e a trilha sonora envolvente, “Abigail” não deixa de pecar ao se apoiar em clichês e momentos previsíveis que podem comprometer a experiência do espectador. A falta de ousadia na construção da trama pode limitar o impacto emocional e a capacidade de envolvimento do público.

Concluo que, “Abigail” é um filme que, apesar de seus pontos negativos, consegue oferecer uma experiência cinematográfica razoável, especialmente para os fãs do gênero de terror. Para aqueles que buscam uma experiência mais convencional dentro do gênero, “Abigail” pode proporcionar algumas doses de entretenimento, mas não se destaca como uma obra inovadora ou memorável.

Universal Pictures